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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ilhéus: Na véspera do aumento de passagem, ônibus da São Miguel é apedrejado

Passageira mostra uma das pedras que foi arremessada no ônibus.
Passageira mostra uma das pedras que foi arremessada no ônibus.
Um ônibus da empresa São Miguel foi atacado por vândalos agora à noite, 02, quando chegava no Terminal Urbano, centro de Ilhéus. O carro, que fazia a linha Lagoa Encantada/Centro, foi alvo de pedradas pelo menos 10 vezes. Segundo informações, as pedras atingiram os vidros do veículo, ferindo os passageiros, inclusive crianças. Não se sabe até o momento as causas do atentado.
Os indivíduos aparentavam ser adolescentes. Vários passageiros foram atingidos com as pedradas, outros se protegeram debaixo dos assentos. O ônibus será periciado. O caso foi registrado em boletim de ocorrência na 7a Coorpin para medidas cabíveis. A polícia investiga se o ato de vandalismo é uma represália ao aumento de passagem que entrará em vigor a partir de amanhã, 03.
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Mulher mostra a perna lesionada.
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Usuários ficaram desesperados com a situação.
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Mulher mostra a perna atingida pelas pedras.
Por: Fábio Roberto Notícias

Ilhéus volta a exportar amêndoas de cacau depois de 20 anos

Amêndoas de cacau são a matéria-prima principal do chocolate.
Produto passou por crise que quase destruiu as lavouras.


Depois de 20 anos, o Brasil voltou a exportar amêndoas de cacau - a principal matéria-prima do chocolate. O produto que já foi símbolo de prosperidade no sul da Bahia começa a se recuperar.
O navio holandês está sendo carregado no Porto de Ilhéus. Cem mil sacas de cacau, 6,6 mil toneladas. O Brasil vinha importando o produto para abastecer o mercado interno. De 1995 para cá é a primeira exportação.
"É um momento de alegria, porque nós estamos exportando um cacau de excelente qualidade. O cacau brasileiro volta a ser aquele cacau com imagem lá fora de muito respeito", aponta o presidente do Sindicato dos Produtores, Milton Andrade.
Os produtores têm motivos para comemorar. A produção melhorou depois de uma crise histórica. Nas últimas duas décadas, a vassoura de bruxa, doença que mata os cacaueiros, chegou a reduzir em 90% a produção das amêndoas. 
A região ficou arrasada. Milhares de fazendas faliram, mais de 200 mil trabalhadores foram dispensados. A recuperação foi lenta e precisou de muitas pesquisas com cruzamentos genéticos.
Os produtores foram obrigados a replantar grande parte da lavoura. Mesmo assim, a vassoura de bruxa continua espalhada pelas fazendas da região. A diferença é que as novas plantas são mais tolerantes, conseguem conviver com a doença.
Os cacaueiros estão carregados. A colheita está trazendo de volta às fazendas trabalhadores que ficaram anos desempregados.
"Foram dois irmãos meus pra São Paulo e já voltaram, já estão trabalhando", conta o trabalhador rural Ubaldino Costa Santos.
"Melhorou e tem que melhorar mais. Com fé em Deus a gente vai à luta", diz o trabalhador rural Ivanilson Conrado.
Há vagas de trabalho, e com carteira assinada, diz o gerente de uma fazenda.
Evandro dos Santos: Está faltando gente pra trabalhar na roça.
Repórter: Aqui você tem quantas vagas?
Evandro: No mínimo dez vagas.
A volta da boa colheita veio acompanhada de mais produtividade. É que as novas plantas produzem frutas mais pesadas.
"Com catorze frutos, você consegue um quilo de amêndoas secas, enquanto que no passado eram necessários de 20 a 25 frutos para se chegar a um quilo de amêndoas secas", conta o produtor de cacau Águido Muniz.
Na Bahia, o cacau é produzido em áreas bem preservadas da Mata Atlântica. E como as amêndoas são de boa qualidade, a região já começou a fabricar chocolates finos. E sonha alto.
"Os consumidores conscientes vão olhar pro nosso produto com muito carinho, com muita atenção  aos nossos aromas, ao nossos sabores e  nós vamos competir com os melhores chocolates", comenta o presidente da Associação dos Fabricantes de Chocolate, José Carlos Maltez.
O sul da Bahia produz duas toneladas de chocolates. Abastece parte do mercado interno, mas os produtores trabalham para exportar, além da matéria-prima, também o produto final do cacau.
Por G1 - Jornal Nacional

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